quarta-feira, 15 de junho de 2011

Texto Crítico de Elba Siqueira de Sá Barreto e João Cardoso Palma Filho


UNIVERSUNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
Pólo: São José dos Campos - SP
Ana Cristina de Freitas        177433
Débora Cristina Ferreira      172905
Elaine Cristina de Almeida 172522

A escola organizada em ciclos: Concepções e Contradições

ELBA SIQUEIRA DE SÁ BARRETO
Ás várias instâncias do poder constituinte (Federal, Estadual, Municipal), procuram de alguma forma regularizar ou ordenar de forma clara o tempo e que os alunos deverão cursar os estudos de alfabetização, atribuindo-lhes vários nomes, tais como: promoção automática, avanços progressivos, progressão continuada.
Ocorre que não há um padrão em se atribuir aos métodos de controle de ensino, vejamos como exemplo que alguns governos adotam ciclos (por exemplo região sudeste), e outras seriadas, com isso prejudicando os que adotam este regime, pois os de ciclo terão uma melhor atenção no quesito pedagógico.

As cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre do decorrer de vários mandatos políticos e diferentes pensamentos ideológicos, mudaram os métodos de ensino, prejudicando a continuidade dos moldes originariamente aplicados.

Concluindo, o que deve ser refletido urgentemente é a padronização do sistema de aprendizagem, e aprovação de alunos proibindo de uma vez por todas que “pedagogos aventureiros” venham adotar procedimentos que prejudiquem o “ator” principal neste processo; o ALUNO.

JOÃO CARDOSO PALMA FILHO                                 

A escola organizada em ciclos: concepções e contradições.
 A progressão Continuada, incentiva os alunos  não estudar e com salas  lotadas,o número  grande de alunos
Os professores ficam inseguros. Como administram suas aulas.Com a política do Ciclo e da Progressão Continuada, os professores administram suas aulas com uma nova visão.
 Planejam atividades,  seqüência de atividades, atividades permanentes e indicam métodos de estudo.
Para haver ensino-aprendizagem parte do aluno o interesse e o estudar.A aprendizagem acontece se o aluno estudar, tiver interesse e ficar atento, por que passar de série ele vai.    
 Mas aprender e ter capacidade para competir no mercado de trabalho por uma carreira, com sucesso, são os  melhores, os estudiosos.


terça-feira, 19 de abril de 2011

Diversidade com pitada de Tarsila.

Lendo e observando.
Faço uma reverência á Tarsila do Amaral e sua obra Operários. Vendo a pintura, o que mais me chama a atenção é a Diversidade, quando entramos numa escola é o que mais vemos. Dando aulas de teatro em uma escola internacional , vejo diariamente o quanto a diversidade é presente em nosso dia á dia. Olhinhos diferentes, cabelos de várias cores, e linguas de vários lugares do mundo.
Mas a linguagem corporal é capaz de atravessar qualquer continente, e causar o entendimento, ás vezes com estranhamento, mas nos torna comunícável.
A diversidade nos torna curiosos da vida, queremos  saber o outro e entender o outro, queremos nos comunicar, nos ver em nossas culturas e raízes mesmo que seja em outro país.
"Queremos que os outros nos saibam onde quer que vamos."

DIVERSIDADE E CONFLITO



“Meu amigo,
Se você
vem,
De um mundo
Onde,
Todos tem
O mesmo nariz,
O mesmo sorriso e
a mesma forma,
de ver e sentir as coisas,
Você não conhece, nada!
Você, não conhece, ninguém!”
Do Livro: Quebrando o Espelho.M.H.S.Araújo

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A diversidade humana na escola...

 
A formação das identidades depende dos processos de socialização e de ensino e aprendizagem que ocorrem de acordo com as características físicas, cognitivas, afetivas, sexuais, culturais e étnicas dos envolvidos nos processos educativos.
O desenvolvimento da identidade do ser humano, como nos ensina Habermas (1983), pode ser analisado como um processo  de aprendizagem:
a) Lingüística: para a comunicação;
b) Cognitiva: para a busca dos conhecimentos necessários para a vida em sociedade;
c) Interativa: para a ação e a interação com o outro.
De uma perspectiva geral, todos os processos educativos devem levar ao desenvolvimento desses três conjuntos de competências.
A educação é o resultado de relações sociais que podem capacitar aqueles que participam do processo educativo para:
a) a sobrevivência nas sociedades contemporâneas;
b) a busca da superação da ordem social existente;
c) os objetivos a) e b);
d) nenhum dos dois objetivos.
Cabe aos participantes dos processos educativos a decisão sobre a ênfase que será adotada.  A educação é também um processo social do qual participamos enquanto realizamos uma opção entre diferentes valores e objetivos a serem alcançados.
Uma educação democrática é aquela em que todos os envolvidos podem participar na definição dos rumos da educação, e não só os dirigentes, professores, acadêmicos e técnicos.
A escola é um espaço  público para a convivência fora da vida privada, íntima, familiar. Ao nos capacitarmos para a convivência participativa na escola, participamos de um processo de aprendizagem que também nos ensina como participar do restante da vida social.
A escola como esfera pública democrática pode possibilitar a capacitação de pais, alunos e educadores para a participação na busca de soluções para os problemas da escola, do bairro, da cidade, do Estado, do País e da vida da espécie humana no Planeta.
A democracia é um processo de negociação permanente dos conflitos de interesses e idéias. Para haver essa negociação permanente é preciso o respeito à diferença. Uma escola que respeita a diferença é uma escola pluralista que ensina a viver em uma sociedade que também é heterogênea.
Para tanto, todos devem ter o direito de falar, opinar e participar nos processos decisórios. É participando que se aprende a participar. Uma escola “perfeita”, na qual ninguém precisa dar nenhuma opinião, é um desastre educativo. O problema é que o controle e a disciplina, a idéia de ordem, organização e limpeza  muitas vezes se tornam prioritários em relação ao direito de participação.
Um ponto de partida para que exista o respeito à diversidade na escola é aceitarmos que os agentes que interagem na escola têm interesses, visões de mundo e culturas diferentes e nenhum de nós tem o monopólio da verdade, da inteligência e da beleza. Daí a necessidade de negociações permanentes para que todos façam concessões, e todos tenham ao menos parte dos seus interesses e valores contemplados no espaço público da escola.

RECONHECIMENTO

Ao tratar da diversidade humana na escola podemos ter como parâmetro a necessidade de reconhecimento que caracteriza os seres humanos.
Para interpretarmos quem somos como coletividade, ou quem sou como indivíduo, dependemos do reconhecimento que nos é dado pelos outros. “Ninguém pode edificar a sua própria identidade independentemente das identificações que os outros fazem dele”, nos ensina Habermas (1983: 22).
O reconhecimento pelos outros é uma necessidade humana, já que o ser humano é um ser que só existe através da vida social.
Como também nos ensina Charles Taylor (1994: 58), “um indivíduo ou um grupo de pessoas podem sofrer um verdadeiro dano, uma autêntica deformação se a gente ou a sociedade que os rodeiam lhes mostram como reflexo, uma imagem limitada, degradante, depreciada sobre ele.”
Um falso reconhecimento é uma forma de opressão. A imagem que construímos muitas vezes sobre os portadores de deficiências e grupos subalternos, pobres, negros, prostitutas, homossexuais, é deprimente e humilhante para estes e causa-lhes sofrimento e humilhação, ainda mais por que tais representações depreciativas são construídas quase sempre para a legitimação da exclusão social e política dos grupos discriminados.
Para que haja respeito à diversidade na escola é necessário que todos sejam reconhecidos como iguais em dignidade e em direito. Mas para não nos restringirmos a uma concepção liberal de reconhecimento, devemos também questionar os mecanismos sociais, como a propriedade, e os mecanismos políticos, como a concentração do poder, que hierarquizam os indivíduos diferentes em superiores e dominantes, e em inferiores e subalternos.
Em outras palavras, ao considerarmos que os seres humanos dependem do reconhecimento que lhes é dado, estamos reconhecendo que a identidade do ser humano não é inata ou pré-determinada, e isso nos torna mais críticos e reflexivos sobre a maneira como estamos contribuindo para a formação das identidades dos nossos alunos.
Como ainda nos ensina Taylor (1994: 58), “a projeção sobre o outro de uma imagem inferior ou humilhante pode deformar e oprimir até o ponto em que essa imagem seja internalizada”. E não “dar um reconhecimento igualitário a alguém pode ser uma forma de opressão”.
Porém, quando afirmamos que “todos os seres humanos são igualmente dignos de respeito” (Taylor, 1994: 65), isso não pode significar que devemos deixar de considerar as inúmeras formas de diferenciação que existem entre os indivíduos e grupos.
Devemos fornecer o apoio e os recursos necessários para que não haja assimetria, desigualdade nas oportunidades e no acesso aos recursos. De novo Taylor (1994: 64): “Para aqueles que têm desvantagens ou mais necessidades é necessário que sejam destinados maiores recursos ou direitos do que para os demais”.

MULTICULTURALISMOS E TOLERÂNCIA

As sociedades contemporâneas são heterogêneas, compostas por diferentes grupos humanos, interesses contrapostos, classes e identidades culturais em conflito. Vivemos em sociedades nas quais os diferentes estão quase que permanentemente em contato. Os diferentes são obrigados ao encontro e à convivência. E são assim também as escolas.
As idéias multiculturalistas discutem como podemos entender e até resolver os problemas gerados pela heterogeneidade cultural, política, religiosa, étnica, racial, comportamental, econômica, já que teremos que conviver de alguma maneira.
Stuart Hall (2003) identifica pelo menos seis concepções diferentes de multiculturalismo na atualidade:
1. Multiculturalismo conservador: os dominantes buscam assimilar as minorias diferentes às tradições e costumes da maioria;
2. Multiculturalismo liberal: os diferentes devem ser integrados como iguais na sociedade dominante. A cidadania deve ser universal e igualitária, mas no domínio privado os diferentes podem adotar suas práticas culturais específicas;
3. Multiculturalismo pluralista: os diferentes grupos devem viver separadamente, dentro de uma ordem política federativa;
4. Multiculturalismo comercial: a diferença entre os indivíduos e grupos deve ser resolvida nas relações de mercado e no consumo privado, sem que sejam questionadas as desigualdade de poder e riqueza;
5. Multiculturalismo corporativo (público ou privado): a diferença deve ser administrada, de modo a que os interesses culturais e econômicos das minorias subalternas não incomodem os interesses dos dominantes;
6. Multiculturalismo crítico: questiona a origem das diferenças, criticando a exclusão social, a exclusão política, as formas de privilégio e de hierarquia existentes nas sociedades contemporâneas. Apóia os movimentos de resistência e de rebelião dos dominados.
Os multiculturalismos nos ensinam que reconhecer a diferença é reconhecer que existem indivíduos e grupos que são diferentes entre si, mas que possuem direitos correlatos, e que a convivência em uma sociedade democrática depende da aceitação da idéia de compormos uma totalidade social heterogênea na qual:
a) não poderá ocorrer a exclusão de nenhum elemento da totalidade;
b) os conflitos de interesse e de valores deverão ser negociados pacificamente;
c) a diferença deverá ser respeitada.
A política do reconhecimento e as várias concepções de multiculturalismo nos ensinam, enfim, que é necessário que seja admitida a diferença na relação com o outro. Isto quer dizer tolerar e conviver com aquele que não é como eu sou e não vive como eu vivo, e o seu modo de ser não pode significar que o outro deva ter menos oportunidades, menos atenção e recursos.
A democracia é uma forma de viver em negociação permanente tendo como parâmetro a necessidade de convivência entre os diferentes, ou seja, a tolerância. Mas para valorizar a tolerância entre os diferentes temos que reconhecer também o que nos une.
 
A diversidade humana na escola:
reconhecimento, multiculturalismo e tolerância